Como redesenhar a vida por meio da engenharia? Seminário na EEL/USP fala sobre a Biologia Sintética.

A biologia sintética é uma área que tem atraído uma crescente atenção e fomento nos últimos anos, mas o que é de fato biologia sintética? Tal termo foi cunhado em 1978 em um manuscrito que descrevia uma linhagem de bactérias que havia sido geneticamente modificada utilizando técnicas de DNA recombinante. Desde então, essas técnicas têm sido utilizadas para a criação ou modificação de sistemas biológicos através de métodos artificiais.

Dentre suas aplicações visionárias, destaca-se a possibilidade de se empregar a eficiência e precisão de sistemas vivos para diversos propósitos, a saber: o desenvolvimento de fábricas microbiológicas, para a manufatura de drogas, materiais e biocombustíveis, de células que demonstrem a capacidade de identificar e destruir tumores ou que possam reparar rapidamente tecidos vivos ou de sintetizar diretamente nano-materiais.

O desenvolvimento da biologia sintética pode ser de uma certa forma comparado com o desenvolvimento da indústria de computadores e o impacto que teve nas demais indústrias, negócios e na nossa vida cotidiana. Dessa mesma forma, a biologia sintética promete revolucionar não apenas as indústrias biológicas e biotecnológicas, mas também a própria biologia como ciência básica.

No ano de 2000, esse termo foi utilizado novamente, porém, em um contexto diferente, para descrever a síntese de moléculas orgânicas não-naturais que funcionavam em células vivas. De uma forma mais geral, o termo biologia sintética tem sido utilizado para descrever tentativas de se redesenhar a vida, utilizando princípios da engenharia para reprogramar células vivas. Esse tema será abordado pelo Professor Doutor Fernando Segatto (EEL/USP) no Auditório do Pólo da EEL (Centro de Informática) no dia 04 de maio (segunda-feira), às 18 horas.

O “MAMUTE DA CIÊNCIA” é uma série de colóquios, abertos ao público geral, mas especialmente dedicados aos estudantes da Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo. É organizado por docentes do Departamento de Ciências Básicas e Ambientais. Seu objetivo é apresentar temas da pesquisa científica de uma forma acessível e coloquial, discutindo seus métodos, resultados e aplicações. O Seminário é aberto a qualquer pessoa.

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Data: 4/5

Horário: 18h

Local: Auditório do pólo

Título: Biologia sintética: perspectivas e futuro

Palestrante: Fernando Segato (DEBIQ/EEL-USP)